1 de fev. de 2011

SENHORA DO CAIS

Bailo lascivamente a brisa da alegria não distante, encurralando os desejos na beira do cais
Engano as mãos, fermento as ideias
A brisa somente incita meus intentos
O sorriso libertino e convidativo invoca meu ato.

Lubricamente abraço a sombra
Afago braços imaginários que a mim poderiam segurar
Entre tudo, um mundo de vácuo e silêncio
Essa carência sem supressão me há de matar...

Tentativa hedonista de satisfação inglória
Meu pecado é crer em minha liberdade
Abandono de consciência e moral tal que minha alma vibra
Efêmera lembrança do que foi felicidade

Deixo no chão meus sonhos dissolutos
Meu sangue impudico colorindo suas formas
O luzir voluptuoso de meu corpo encanta o porto
Giro, paro, emudeço. Olho a volta buscando olhos específicos
Encontro quem me clama e libidinosamente recomeço minha dança.

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